Avançar para o conteúdo principal

Russia disponibilizará remedio contra covid-19 na próxima semana

Rússia disponibilizará remédio contra covid-19 na próxima semana

Medicamento antiviral registrado com o nome de Avifavir se mostrou promissor em testes; atualmente, não existe vacina para a doença

Hospitais russos podem começar a usar o remédio antiviral Avifavir

Hospitais russos podem começar a usar o remédio antiviral Avifavir

Pixabay

A Rússia disponibilizará seu primeiro remédio aprovado para o tratamento de pacientes de covid-19 a partir da próxima semana, disse sua financiadora estatal à Reuters, uma medida que a nação espera diminuir a pressão sobre o sistema de saúde e acelerar a volta à atividade econômica normal.

Os hospitais russos podem começar a dar o remédio antiviral, registrado com o nome Avifavir, aos pacientes a partir de 11 de junho, disse o chefe do fundo soberano RDIF à Reuters em uma entrevista. Ele disse que a empresa responsável pelo remédio o fabricará em quantidade suficiente para tratar cerca de 60 mil pessoas por mês.

Atualmente, não existe vacina para a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, e os testes de vários remédios antivirais em humanos ainda não comprovaram sua eficiência.

Um novo remédio antiviral da Gilead, chamado remdesivir, se mostrou promissor em alguns testes pequenos de eficiência contra Covid-19 e está sendo dado a pacientes de alguns países seguindo regras de uso compassivo ou emergencial.

O Avifavir, conhecido genericamente como favipiravir, foi desenvolvido inicialmente nos anos 1990 por uma empresa japonesa comprada mais tarde pela Fujifilm quando esta migrou para o setor de saúde.

O chefe da RDIF, Kirill Dmitriev, disse que cientistas russos modificaram o remédio para otimizá-lo e que Moscou estará pronta para compartilhar os detalhes destas modificações dentro de duas semanas.

O Japão vem testando o mesmo medicamento, conhecido lá como Avigan. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, o elogiou e lhe concedeu o equivalente a 128 milhões de dólares de financiamento estatal, mas ainda não aprovou seu uso.

O Avifavir apareceu em uma lista de remédios aprovados pelo governo russo no sábado.

Dmitriev disse que testes clínicos do remédio foram realizados com 330 pessoas e que mostraram que ele tratou o vírus com sucesso dentro de quatro dias na maioria dos casos.

Os testes devem ser concluídos em cerca de uma semana, disse ele, mas o Ministério da Saúde aprovou o uso do medicamento graças a um processo acelerado especial e a fabricação começou em março.

Dmitriev disse que a Rússia conseguiu reduzir o cronograma dos testes, que costumam durar muitos meses, porque o genérico japonês no qual o Avifavir se baseou foi registrado em 2014 e passou por testes consideráveis antes de especialistas russos o modificarem.

R7 CUPONS
  • Escolas primárias na Inglaterra reabrem após mais de 2 meses

    Escolas reabrem no Reino Unido
    Escolas reabrem no Reino UnidoEddie Keogh/Reuters - 1.7.2020

    As escolas primárias na Inglaterra começaram nesta segunda-feira (1º) a receber alguns alunos, como parte do relaxamento das medidas de confinamento por conta da pandemia do coronavírus, embora muitos pais não tenham enviado seus filhos por medo de um possível contágio.

    O governo britânico ordenou que as crianças entre 4 e 7 anos e aquelas que estão na última série do ensino fundamental - aos 10 anos - na Inglaterra retornem às aulas hoje, depois que as escolas fecharem no final de março devido ao novo coronavírus.

    Esses primeiros passos da redução das medidas estão sendo aplicadas na Inglaterra, já as outras três regiões - Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte - ainda mantêm o fechamento das escolas.

    Desde que o governo do primeiro-ministro Boris Johnson ordenou o fechamento das escolas no final de março, as unidades se limitaram a receber estudantes que precisavam de atenção especial ou filhos de trabalhadores essenciais, como médicos ou enfermeiros.

    Além da abertura das escolas, as autoridades agora permitem que pessoas que residem em diferentes casas se encontrem ao ar livre, mas o número do grupo é baixo, de não mais que seis cidadãos.

    As autoridades consideram "vital" que as escolas tenham medidas de segurança adequadas, como manter distância física e que não haja mais de 15 alunos em cada turma.

    No entanto, um estudo da chamada Fundação Nacional para Pesquisa Educacional indicou hoje que 46% dos pais ouvidos indicaram que seus filhos vão ficar em casa.

    Em duas semanas, a partir do próximo dia 15, os alunos do ensino médio que farão exames importantes no sistema educacional britânico no próximo ano - aos 16 e 18 anos de idade - poderão regressar para aulas de apoio de seus professores.

    O governo é a favor de todos os alunos retornem às salas de aula antes do final do atual período acadêmico - no final de julho.

    Segundo os últimos dados oficiais, o Reino Unido registrou ontem 113 novas mortes por Covid-19, totalizando 38.489 vítimas desde o início da pandemia.

  • Tóquio entra na 2ª fase de relaxamento da contenção à covid

    Escolas em Tóquio reabrem depois de três meses
    Escolas em Tóquio reabrem depois de três mesesIssei Kato/Reuters - 1.6.2020

    Tóquio, no Japão, entrou nesta segunda-feira (1) na fase de número 2 do relaxamento de medidas de restrição decretadas para conter a propagação do coronavírus, a doença provocada pelo novo coronavírus.

    Na nova etapa, foram reabertas todas as escolas públicas, que ficaram com aulas suspensas por três meses; e foi autorizada a volta à atividade de um grande número de estabelecimentos comerciais.

    Os estabelecimentos privados de ensino, que ainda não funcionavam, puderam retornar hoje, além de cinemas, teatros, academias e shoppings.

    A nova fase de relaxamento de medidas é iniciada uma semana após o anúncio do fim do estado de emergência na região de Tóquio, onde o índice de contágio pelo novo coronavírus vem sofrendo redução.

    Hoje, inclusive, passa a ser possível realizar eventos com até 100 participantes, segundo as diretrizes apresentadas pelo governo metropolitano, que pretende seguir levantando as restrições a cada duas semanas, se a situação permanecer sob controle.

    Ontem, foi anunciado que Tóquio registrou apenas cinco novos casos de infecção pelo novo coronavírus, na primeira vez em seis dias que a quantidade ficou abaixo de dez. Apesar do otimismo, as autoridades admitem que domingo é o dia com números mais baixos.

    Na última semana, a região metropolitana teve um ligeiro aumento no contágio, especialmente por causa de alguns testes positivos registrados em um mesmo complexo hospitalar, no oeste da capital japonesa.

  • Países latinos encomendam da Rússia novo remédio contra covid-19

    América Latina faz pedido de antiviral desenvolvido pela Rússia contra covid-19
    América Latina faz pedido de antiviral desenvolvido pela Rússia contra covid-19Pixabay

    O presidente do Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, Kirill Dmitriev, admitiu nesta segunda-feira (1º) que já há pedidos internacionais, inclusive da América Latina, pelo antiviral Afivavir, que foi registrado no país como eficaz contra a covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

    "Na medida em que formos cobrindo a demanda interna, acreditamos ser possível exportar para o exterior. Já recebemos vários pedidos de países do Oriente Médio e América Latina", explicou o dirigente máximo do fundo soberano de apoio à economia russa.

    Segundo Dmitriev, em 11 de junho, o Afivavir, produzido a partir da base de um antiviral japonês, começará a ser enviado para hospitais da Rússia, para atender pacientes com Covid-19.

    De acordo com os desenvolvedores, o medicamento demonstrou 90% de eficácia nos casos tratados durante a pesquisa e fase de testes, mas está proibido para mulheres grávidas.

    As autoridades russas já indicaram que o Afivavir não estará a venda em farmácias, sendo utilizado apenas para administração em hospitais.

    De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, a Rússia registrou novos 9.035 casos de infecção pelo novo coronavírus e 162 mortes.

  • China avisa EUA que retaliará contra ações sobre Hong Kong 

    China vê ações dos EUA como uma interferência
    China vê ações dos EUA como uma interferênciaKevin Lamarque / Reuters - 29.6.2019

    A China disse nesta segunda-feira (1º) que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes, criticando uma decisão norte-americana de começar a encerrar o tratamento especial dispensado a Hong Kong e ações contra estudantes e empresas chinesas.

    Na semana passada, o Parlamento chinês votou pela imposição de uma lei de segurança nacional para Hong Kong que o presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu na sexta-feira como uma tragédia para o povo da cidade e que violou a promessa chinesa de proteger a autonomia da ilha.

    Trump ordenou que seu governo inicie o processo de eliminação do tratamento especial dado a Hong Kong para punir a China, o que envolverá desde o tramite para extradições até controles sobre as exportações.

    Mas ele não chegou a pedir o fim imediato dos privilégios que ajudam a ex-colônia britânica a continuar sendo um centro financeiro global.

    Interferência em assuntos internos

    O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que seu país se opõem com firmeza às ações dos EUA.

    "As medidas anunciadas interferem gravemente com os assuntos internos da China, danificam as relações EUA-China e prejudicarão os dois lados. A China se opõe com firmeza a isto", disse Zhao aos repórteres durante uma entrevista.

    "Quaisquer palavras ou ações dos EUA que prejudiquem os interesses da China se depararão com um contra-ataque firme da China."

    Mas o mercado acionário de Hong Kong subiu mais de 3% nesta segunda-feira, já que os investidores se tranquilizaram ao ver que Trump não acabou com os privilégios especiais dos EUA de imediato.

    "Os formuladores de política chineses provavelmente gostariam de ver precisamente o que os EUA implantam antes de reagirem com novos ajustes de políticas ou sua própria retaliação", escreveu a Goldman Sachs em um boletim no domingo.

    Discurso de Trump

    Ao fazer o anúncio de sexta-feira, Trump empregou uma retórica dura como poucas vezes antes contra a China, dizendo que o país asiático descumpriu sua palavra a respeito da autonomia de Hong Kong ao decidir a imposição de uma nova lei de segurança nacional e que o território não justifica mais os privilégios econômicos dos EUA.

    Trump disse que a "conduta ilegal" da China é responsável por um sofrimento maciço e por danos econômicos em todo o mundo e que sua nação também imporá sanções a indivíduos considerados responsáveis por "sufocar – sufocar totalmente – a liberdade de Hong Kong".

Comentários